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Nina Horta

Perfil Nina Horta é empresária, escritora e colunista de gastronomia da Folha

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Guten Appetit- a nova cozinha alemã.

Por Nina Horta
02/10/14 19:47

São muitos os livros que chegam aqui em casa, para minha alegria. Só que são tantos que é impossível lê-los todos, imediatamente. Ficam na fila, esperando. Hoje me chamou a atenção a escolha de vinhos para as receitas do livro “Guten Appetit, a nova cozinha alemã”, organizado por Sabine Hueck. A escolha foi feita por meu amigo Luiz Horta, que escreve como ninguém. E se gostou do livro, se aprovou as receitas, com certeza é bom.
Logo no começo uma mapa da Alemanha, bem primário e claro mostrando os lugares onde ficam os restaurantes citados.
A minha experiência de comidas alemã foi pequena. Grande em dias, passei bastante tempo na Alemanha mas o conhecimento das comida era parco. Estava muito encantada com a língua, conseguia me comunicar o que foi muito prazeroso. Comia salsichas, salada de batatas, costeletas defumadas, na maioria das vezes, e me impressionava com as mulheronas, fortes, altas, que provavelmente também se entupiam de batatas. Lembro que fui aprendendo aos poucos o que deveria pedir, num passeio de barco vi um homem que tomava vinho branco e distribuía pão preto para as gaivotas que se aproximavam dele sem medo.
E as canecadas de cerveja, da música, umas turista encantada por Munique e até por Frankfurt onde encalhamos por dez dias. Os alemães desconhecidos vinha à mesa na cervejaria e pediam aos maridos se podiam dançar com as mulheres. E acreditem, por Deus, eles não deixavam!!!!! Como seria bom ter descoberto aqueles alemães e dançado com eles, que machões eram nossos maridos!
Provavelmente passei os dias procurando tomar o excomungado Liebfraumilch que tanto sucesso fazia no Brasil.
É um livro que dá vontades. Desejos. Quero comer comida de rua em Berlim, que pelo que vejo tem de tudo um pouco. De churrasco de cordeiro a kimchi, e hot dogs com curry. Sem contar o späetzle alemão, visitar a feira de cozinha asiática, um pedaço de Bangkok. No meu tempo não tinha disso, não tinha mesmo.
Todas as cidades mencionadas contam com a descrição dos restaurantes que Sabine Hueck achou mais interessantes. Restaurantes bons…e diferentes. Não consigo colocar o dedo na diferença, na especificidade do que é alemão, mas sinto nos ossos, sem precisar que me digam. Há uma receita caracterizando Berlim, num prato globalizado, aqueles brancos, fundos no meio, com aba, e é uma sopa de endívia e batata com almôndega berlinense. Uhm, na verdade é um o prato típico transformado em sopa. Mas, vale, é bonito e deve ser gostoso.
O vinho que meu amigo Luiz Horta indicou para acompanhar? Nunca poderíamos pedir, pelo tamanho do nome. Vejam: Hattenheimer Hassel Beerenauslese 1999 (Hans Lang).

Salsicha branca com salada de rabanete, nada mais alemão. E assim vamos percorrendo a Alemanha com belíssimas fotos. O livro não quer ser só lido e comido, quer te mandar para a Alemanha, também, e que dá vontade, dá muita. Na Baviera eu já ia comer meu prato preferido o Knödel, ah, o Knödel, de origem austríaca, comida para dia de chuva, para hora de chuva….Não tem melhor.

O Luiz Horta nos vem com surpresas, conta sobre os vinhos tintos alemães, por essa não esperávamos! São os Spärburgunder, vulgo Pinot Noir e muito bons!

Chegamos a Frankfurt, à sem graça Frankfurt, (confesso que achei bárbara, nada turística, boa para fazer compras e sem frescura.) E a receita é um rosbife com molho verde. Tenho a impressão que a Alemanha continua com a comida que mais gosta só que lindamente apresentada. Ainda bem, não queria me alimentar de camarões crus que mordem a ponta da língua da gente nem de matinhos que nascem nos trilhos do trem. É a velha Alemanha, modernizada e pronto. Torta de cebola, doces com maçãs e creme, tortinhas de morango, trutas com amêndoas, coquetel de camarão, halibut defumado.
Confesso que me deu vontade, muita vontade de ir à Alemanha, maldita hora que resolvi ler o livro. Queria comer as receitas, feitas pelos chefs, nos restaurantes tão bem descritos. E os lugares… Me lembrei tão bem do espírito alemão. Fortes, cara séria, risada gostosa escondida no peito pronta a saltar à menor bobagem que você faça ou diga, ingênuos de mentira, diferentes, amáveis, no sentido da palavra, que você pode amar e quer amar. Parabéns, Sabine Hueck, acho que a ideia era cativar o leitor. Você conseguiu.

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