Panelas para tudo
17/09/14 02:00Mona Dorf, recebi seus e-mails, sim, pedindo ajuda para comprar as panelas mais adequadas. E bem para quem foi perguntar! “Embarras de richesses!” Posso escrever um livro sobre panelas. Panelas para o sítio, panelas para a casa, panelas para nada, panelas, panelas.
No meio do panelório tenho quatro escondidas. Só minhas. Não sei a marca, parecem um alumínio fortíssimo, são leves, não esquentam o cabo, italianas. Cheguei a um apartamento em Nova York, um flat, moça ainda, louca para ficar lá um mês cozinhando para o marido. Fui até a Hammacher Schlemmer e comprei uma frigideira, um caldeirãozinho e duas panelas normais, uma mais baixa com asas e uma de cabo.
Só me lembro, com remorso intenso, da cara que Silvio fez quando cheguei. “Mas, Nina, estas panelas foram mais caras que toda a viagem!” O que não imaginávamos é que estariam como novas quase 40 anos depois.
Pois é, vai receber uma resposta diferente de cada pessoa a que perguntar. Por que a panela depende do cozinheiro. Quem vai cozinhar, você? Para usar todo dia, para alguém que não está cozinhando com muito carinho, as panelas melhores são as simples, de alumínio, as mais baratas. Elas amassam, ficam velhas e trocamos. Mas são boas e frequentemente nos apaixonamos por uma delas, de tampa e fundo tortos.
Jogaram fora uma panela amassada na qual minha mãe fazia um bacalhau e, pronto, nunca mais acertamos: o peixe solta água, a batata cozinha mal. A sabedoria estava na panela. As de cobre são lindas, as que melhor conduzem o calor, mas pesadas e de difícil manutenção para não azinhavrarem. Pode cozinhar numa comum, bem horrorosa, e levar à mesa na de cobre, daquelas grossas e caras de matar, para impressionar as visitas e segurar o calor, também.
Atualmente, aqui em casa servimos a comida na panela. Então tem de ser bonita. Como somos pouquíssimos, usamos as muito pequenas –prefiro as de ferro. São finlandesas, desenho simples e lindo (compradas na feira escandinava, no clube Pinheiros, sempre em novembro). Lá na feira havia o que há de bom, de melhor, o último grito em panelas. Caras. Encaixadas uma na outra, que não tomam espaço, leves.
O problema com as de ferro brasileiras é que enferrujam com facilidade, precisam ser bem tratadas, muito bem secas. Minha filha prefere as de barro, pretinhas também, ótimas.
No século 20 apareceram aquelas maravilhosas, Le Creuset, esmaltadas, e que cores estonteantes! Pesadas, e se a comida queima e gruda nelas, o que é comum, podem ficar horríveis. Cuidado para não lascar. E há as de vidro, interessantes, teve uma modinha delas, mas para cozinha brasileira que gosta de refogar tudo antes, a cebola, o alho, não são as ideais. Boas para ferver, não para refogar.
Não existe a panela ideal. Esquece. Elas se tornam as nossas preferidas morando na nossa casa, cozinhando nossas comidas, tendo seus dias de mau ou bom humor, queimando o molho, acertando a carne assada. Nós é que “construímos” nossas panelas. É como casamento, pode ou não dar certo.
Palpite para leitura: “Pense no Garfo!” (Zahar, 344 págs., R$ 54,90), de Bee Wilson.
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Hands down, Apple’s app store wins by a mile. It’s a huge selection of all sorts of apps vs a rather sad selection of a handful for Zune. Microsoft has plans, especially in the realm of games, but I’m not sure I’d want to bet on the future if this aspect is important to you. The iPod is a much better choice in that case.
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Sorry for the huge review, but I’m really loving the new Zune, and hope this, as well as the excellent reviews some other people have written, will help you decide if it’s the right choice for you.
I’ll gear this review to 2 types of people: current Zune owners who are considering an upgrade, and people trying to decide between a Zune and an iPod. (There are other players worth considering out there, like the Sony Walkman X, but I hope this gives you enough info to make an informed decision of the Zune vs players other than the iPod line as well.)
Apple now has Rhapsody as an app, which is a great start, but it is currently hampered by the inability to store locally on your iPod, and has a dismal 64kbps bit rate. If this changes, then it will somewhat negate this advantage for the Zune, but the 10 songs per month will still be a big plus in Zune Pass’ favor.
Between me and my husband we’ve owned more MP3 players over the years than I can count, including Sansas, iRivers, iPods (classic & touch), the Ibiza Rhapsody, etc. But, the last few years I’ve settled down to one line of players. Why? Because I was happy to discover how well-designed and fun to use the underappreciated (and widely mocked) Zunes are.
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A Melhor das Notícias
O jornalista, de óculos, terno, gravata e pasta na mão, caminhava pela calçada. Um tiro de fuzil atravessou-lhe o crânio. Seu cérebro espalhou-se pelo canteiro de uma lanchonete que, no momento, encontrava-se fechada.
Um repórter, engomado, cabelo na moda, todo fitness, jantava com sua esposa em um restaurante chique, aclamado pelo público de alta renda e frequentado por pessoas conhecidas da mídia. Tomou dois tiros, um na barriga, outro na testa. Caiu de cara no prato caríssimo, criação de um célebre chef televisivo.
No trânsito, dentro de sua Mercedes branca, o homem nervoso suava um pouco, devido à lentidão do tráfego, que agora estava totalmente parado. Era um conhecido apresentador de um programa policial sensacionalista que ocupava as tardes de um infame canal de tv bem popular. Levou um tiro de escopeta, bem à queima-roupa, estilhaçando o vidro lateral em centenas de pedacinhos e destruindo sua cabeça, que explodiu com o impacto do projétil, lambuzando praticamente todo o interior do veículo com sua massa disforme.
Começou assim, foram sendo assassinados, um por um, com intervalos cada vez mais curtos, todos os profissionais de imprensa do país. Num dia era o redator de um jornal desconhecido, noutro era a âncora da tv, reconhecida por todos. Foi-se extinguindo a espécie. Todo mundo foi acostumando. Virou rotina. Aos poucos, a tv foi parando de dar notícias, os jornais cessaram suas circulações, os portais internéticos desapareceram completamente. Uma paz reinou em território nacional.
Inox.
Por favor, onde se lê crocrância, leia-se crocância.
Ah, Nina, que delícia que é ler você escrevendo assim das panelas, com tanta poesia!
E por falar em panelas, tenho uma amiga – minha e das torcidas do Flamengo e do Corinthias juntas – que justificava o fato de fazer uma farofa que não está no mapa com a condição física da colher de pau, quebrada e rachada, usada na crocção da farinha reunida aos demais ingredientes: óleo, cebola e ovo de quintal. O neologismo para cocção se deve à crocrância que Eliana Azevedo consegue impor à farinha.