Fãs de farinha
30/07/14 02:00Depois da leitura do “Formação da Culinária Brasileira”, do sociólogo Carlos Alberto Dória, tive uma recaída de burrice e comecei a estudar o Brasil de novo —se é que estudei algum dia.
Vejam no blog, estou pra lá de assanhada com a escravatura e com a farinha de mandioca, culpa dele.
E, lê daqui e dali, achei que se queremos ser tão brasileiros e tão autênticos, estamos nos esquecendo da farinha de mandioca (da de milho também). Esquecendo, propriamente, não, tomando-a como tão evidente e óbvia que quase não a enxergamos. Fiz uma pesquisa sobre farinha e farofa no Facebook e é muito engraçado, todo mundo simplesmente adora uma farinha! Farinha sempre teve uma importância ímpar, coisa de causar guerras, meu reino, meu engenho, meu apartamento por um quilo de farinha!
Ainda há mesas onde vai a farinheira em todas as refeições, mas são poucas. Aqui em casa foram suprimidas, ponho numa garrafa antiga, mas acho que vou voltar às raízes da farinheira de madeira, pois já vi que ultimamente ela tem estado numa garrafa de Coca-família, que, convenhamos, é demais. Alguma coisa está errada, se gostamos tanto de farinha, de farofa, por que são tão pouco vistas nas casas mais ricas, nos restaurantes, nos pratos modernos de cozinheiros famosos?
Eu poderia viver de farofa. Adoro, sei que não tem vitaminas, mas quem é que quer comer vitaminas? Quero mais o que é gostoso, maravilhoso.
Durante os quase 30 anos de bufê sempre tive briga com os cozinheiros por causa dela. Na minha família farofa é uma coisa quente, muito quente, feita geralmente com manteiga em frigideira. Se você prova a farofa ainda na frigideira ela faz zzzzz na sua língua. Farofa simples, sem nada. Feita na hora. Tem que ser. Jamais se convenceram do contrário, imagino que não seja teimosia, que seja um costume e daqueles costumes impossíveis de se ir contra. (Aliás, um dos meus consultados no “Face” confessou que adora farofa gelada. Mas só um.)
Num dia de aniversário, já indo me deitar, recebi visitas de surpresa para jantar. Fui ao freezer e desgrudei com machadinha uns camarões, queria fazê-los à provençal, só com manteiga e alho, muita salsinha e limão. E não tínhamos arroz e aquele caldo todo. Pois tive coragem de servir com farinha de mandioca, nada de farofa, farinha mesmo, e ficou bom. Melhor do que com arroz.
O Miltinho, dono de um dos bons restaurantes de Paraty, me ensinou a fazer um acompanhamento para peixe que é o seguinte: pegar uma farinha boa e ir pingando nela suco de limão e salsinha até virar um pirão mole que vai às mil maravilhas com qualquer peixe.
E uma menina do bufê, baiana, pegava uma frigideira, punha água, deixava esquentar e juntava farinha, e ficava mexendo, deixando a farinha se impregnar de água, inchar. Ao mesmo tempo, ia temperando com salsinha ou coentro, sal e, quando achava que estava bom, abria um ovo dentro, bem no meio, e ele se cozinhava naquele pirão quente. Quando tinha torresmos, juntava alguns.
“Cucina povera”, mas sensacional. Entrem no blog, há jeitos de comer farinha pra lá de insuspeitados.
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Farinha com bacon…
http://merdorato.wordpress.com/
Gosto tanto de farinha que pesquisei sobre ela. Dá para ler aqui, ó: http://asacolabrasileira.com.br/2014/02/13/farinha-dagua/
😉
Gosto tanto farinha que escrevi sobre ela aqui: http://asacolabrasileira.com.br/2014/02/13/farinha-dagua/
😉
Farofa apenas. Farinha de mandioca só, com manteiga ( sem a tentação da gordura separada da carne do bacon ). Mais nada para comer, só isto, como falou a escritora. Comida pura qual terra nua, chão batido. A pessoa fica alimentada bem.
Estou na correria, mas não poderia deixar de entrar aqui e dizer que, como sempre, sua crônica salvou minha manhã — tudo muito bom, Nina, parabéns! Quanto à farofa doce que minha mãe fazia nos nossos natais nos anos 60, pena que perdi a receita (ela não gostava de ir para a cozinha, só ia em dias especiais e com a ajuda da cozinheira — mas tinha um caderno de receitas fabuloso, com muitos doces, que era o que ela gostava de fazer, como eu, que sou uma negação para salgados e cozinha em geral). Enfim, gostei de tudo na crônica, hoje, beijo!
Quando criança, vi um amigo do meu pai (o Bugre), fritar 5 ou 6 ovos deixando a gema mole e misturá-los com farinha de mandioca e açúcar. Nunca tentei, mas me impressionou.
Abraços
Sou de familia oriental e amo farinha!!! Isso desde pequena, depois que minha tia se casou com o tio nordestino!^^Os temperos eram novos e os ingredientes tbm! Farinhas, coentro, coloral!…Mas, amo tudo isso!!! E farinha em casa,sempre!
Mainha faz um farofa que quase todos os dias eu uso no almoço. Pega uma calabresa corta em cubos de 5cm, frita, separa. Na mesma frigideira, tira o excesso da gordura, acrescenta cebola ralada, deixa murchar e vai colocando a farinha, deixar dourar um pouco e acrescenta os “Croutons” . Maravilhosa.
e outra.
Ha tempos não faz, mas ja comi muito no cafe da manha ou noite.
Numa panela colocar o cafe cuado(pode ser sobra) deixar esquentar e vai incorporando a farinha de mandioca até ficar um mingau. Despeja no prato fundo e depois se quiser pode colocar leite morno por cima. MARAVILHOSO.
bjim e VIVA A MANDIOCA MARAVILHOSA
Bom dia Nina!
Gostei demais da matéria .Adoro farinha de mandioca,e,concordo com tudo que é citado por você á respeito de farofa,e, muito obrigada pelas dicas de como fazê-las de várias maneiras .Vou experimentar!
Um abraço
nilza
Quando eu era criança, os empregados da casa costumavam o que chamávamos de “farofa de bolão”. Punham uma panela com água a ferver com cebola, coentro e cebolinha picadinhas, sal e iam adicionado a farinha até formar uma farofa molhada e densa. Depois, na hora de comer, apanhavam bocados de farinha e misturava-se com pedaços de carne seca frita, formando-se “bolões”.
E parafraseando, Vera cucina povera.
Farinha… ah, coisa maravilhosa! Aqui em casa a gente não consegue viver sem. Somos baianos e moramos em Brasília, mas todas as nossas viagens para ver a família (ou até viagens de amigos) servem para trazer a maravilha produzida entre as cidades de Nazaré (das farinhas!) e Lage. Pura eu já adoro, mas nossa cozinheira, uma “baiana de Goiás”, faz uma farofa que é simplesmente “dos deuses”. Como seria possível viver sem isso???
Experimente fazer uma salada de folhas verdes e tomate, com molho rosé e a tradicional farofa (quentinho, crocante, feita só com manteiga) por cima…
Farofa de banana, de couve com bacon, de repolho com ovo, com dendê e coentro ou salsinha, pra acompanhar as delícias do mar…
A melhor farinha que existe é a de Cruzeiro do Sul, no Acre. Até pura, sem nada, é gostosa.
Depois que você frita o peixe deixa só um pouco de óleo na frigideira, joga a farinha de mandioca da uma fritada até ela ficar escura ta pronta.
Macarrão com farofa, alguém já experimentou ? É muito bom !!!! Substitui legal o queijo ralado !
Gosto de farofa de vários modos. Um deles com salada de alface, como se fosse um tipo de croutons.
Abraços
Uma mistura de Foucault com Ratatouille (o filme da Disney) essa farinheira de madeira. Compro uma na feira daqui da Glória, no Rio de Janeiro, no próximo domingo. Em minha memória, faz par com um jarro plástico em formato de abacaxi.
Pensei que não existiria ninguém que gostasse mais de farofa de manteiga do que eu. Sou baiano e mando buscar a farinha em Nazaré das Farinhas! É branca como neve e fina, dando ótimas farofas. Faço sempre com cebola queimada na manteiga e um pouco de alho. Delícia. Minha mãe (já falecida), fazia
para se tomar com café com leite no dia seguinte pela manhã no café, uma farofa de carne de lombo frito do jantar, desfiado em finíssimas tirinhas e fritas. Então juntava-se à farofa de manteiga (c/cebolinhas fritas e alho). Dos deuses. Mas depois que ela partiu nunca mais fiz. Parabéns farofeira! Tem bom gosto! Vc é do ramo…Abração e continue! A farinheira de madeira é essencial!!! Inté!