Os feijões das irmãs Klink
08/04/14 22:54 De Gabriela para Nina
“Falando em feijões: a gente , como vc bem sabe, cresceu em Paraty. Vizinhos de esquina moravam Dona Maria e Seu Zaú e seus doze filhos. Dentre essa filharada toda haviam duas meninas, gêmeas idênticas, a Maria Aparecida e a Maria dos Remédios ( diz a lenda que a Maria Aparecida era para ter se chamado Maria das Dores – ambos os nomes em homenagem às igrejas que existem para essas santas em Paraty – , mas aí alguma mente lúcida brecou a tempo o pai delas no cartorio. Pronto, Maria das Dores virou Aparecida, evitando assim um pré-bullying na decada de 60. Imagina, uma chamada Dores e a outra Remédios???? !!!!!!!. ). Pois bem, quando eu e minha irmã tínhamos 3 meses e as gêmeas do Zaú ( eram conhecidas assim ) tinham 3 anos nossos pais acharam por bem nos apresentar. E diz a lenda que eles profetizaram que seríámos amigas pela vida toda. Bem, crescemos juntas, andando as quatro para cima e para baixo pela cidade e se formou uma amizade bonita que dura até hoje, sendo que somos comadres, tenho uma linda afilhada que se chama Gabriela também e que , pasme , teve uma filhinha da qual também sou madrinha. Portanto, inaugurei há pouco tempo a categoria inédita de dinda-avó com muito orgulho…. Voltando aos feijões: desde pequenas vivíamos as quatro correndo de uma casa para outra, para brincar, aprontar, o que fosse. Mas do que mais lembro da casa delas, além do chão de terra batida e dos dois tanques cheios de roupa para lavar todo dia ( pois eles eram muito simples, Dona Maria costureira e o Seu Zaú pescador ) , era o apito da panela de pressão na casa dela, todo santo dia, antes do almoço e antes do jantar, cozinhando muito feijão, sempre. Afinal, eram ao menos 14 pessoas por refeição, todo santo dia. E o que guardo com carinho é que sempre, sempre, eles nos convidaram para almoçar ou jantar, às vezes os dois em um mesmo dia. E eu adorava aquela bagunça, aquela mesa cheia, aquele falatório , tudo tão diferente da formalidade que tínhamos em casa. Hoje, quando paro e penso no assunto, acredito que muitas vezes a Dona Maria deve ter aberto mão da mistura dela por causa das bocas extras…. mistura essa que geralmente era peixe, ensopado ou frito, servido junto com o arroz fresquinho e o feijão de caldo mais ralo, engrossado com a farinha de mandioca. Às vezes ela fazia o que chamava de feijão gordo, com pedaços de carne seca com bastante gordura. Então o que fica dessa época é uma admiração pela generosidade dessa família, que reflete ( para mim ) a generosidade do brasileiro, ou das tantas milhares ou milhões de Marias que cozinham toneladas de feijão ao longo da vida, para os maridos, filhos, netos, bisnetos, amigos e visitas e que na sua simplicidade dão um exemplo do que é, para mim, a gentileza absoluta. Em tempo: falei de minha mãe no comecinho, xeretei alguns cadernos antigos com receitas dela e livros e achei algo bacana: como se cozinhava feijão numa caixa de papelão, na época da Segunda Guerra ( assim se economizava gás, que era racionado). Lá vai: 1. Forre uma caixa de papelão com várias camadas de folhas de jornal abertas e afofadas. Coloque uma camada generosa de feno seco. 2. Coloque mais folhas de jornal. 3. Coloque o feijão (que ficou de molho por 12 horas) numa panela grossa, coloque água e os temperos ( um pouco de melado e um pouco de vinagre ), leve ao fogo e ferva por 15 minutos. 4. Tampe a panela, coloque na caixa, embrulhe com o jornal, coloque mais feno em toda a volta e por cima de tudo, uma almofada. 5. Embrulhe tudo num cobertor e deixe quietinho por 4 horas. Acerte o sal e os temperos antes de servir. Enfim, desse jeito nunca fiz, mas já fiz o arroz de maneira parecida além de ter a receita da canja q pode ser feita do mesmo jeito. Veja, minha mãe a-d-o-r-a-v-a algumas coisas exóticas e excêntricas e acredito que cozinhar feijão dessa maneira se encaixava bem nessa categoria ( tanto quanto o período em que ela congelava as camisas de meu pai antes de passá-las ou guardava ärvores de natal no chuveiro…. mas isso fica para outro dia ).”
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