Pondo a leitura de comida em dia
13/01/13 18:05Inacreditáveis férias, poder por a leitura em dia, deitada na cama com a TV ligada. Se aparece um assunto bom, fecha-se o IPAD. Mas os atrasos de leitura são enormes, vamos começar por uma New Yorker de comida de Dezembro. Quem tem tempo para ler a revista inteira toda semana? Constato, numa banheira quente, que para lê-la quase inteira demorei seis horas e um enrugamento total.
Assuntos interessantes, mas não tão novos. O que vale nela é a credibilidade e os artigos bem escritos.
Logo no começo tem um grande anúncio de um livro de culinária best seller que te permite ser um bom cozinheiro em quatro horas. Bom cozinheiro ou bom qualquer coisa, dá só as linhas gerais que se deve obedecer para o sucesso. Por que não?
www.fourhourchef.com por Timothy Ferris.
A matéria da revista só é interessante para vocês que ainda vão a Nova York e que tinham e têm obrigação de ler inglês. (Comecem a estudar hoje, o começo pode emperrar, depois é uma beleza.)
Enquanto isso fiquem sabendo de um barzinho barato que serve comida do sul dos USA. 94 Avenue C. 212 228 2972.
É tanta galinha frita na comida do sul que você corre o risco de enjoar. Não dessa, acredite. É posta na salmoura (?) de chá doce, e a pele está sempre craquelenta com bastante tempero, uma galinha de não se esquecer. E tem peixe frito no fubá, também, e couve e feijão fradinho. Custa de $6 a $12 dólares a porção, é bem cheio, e é comer e sair. Mas, vale a pena. (De Silvia Killingsworth.)
Uma moda modíssima são os restaurantes underground, aqueles que têm um chef que ás vezes resolve cozinhar (geralmente no seu próprio estúdio ou casa) e convida os amigos para uma refeição memorável. Craig Thorton inventou (?) essa novidade em Los Angeles. Só cabem 16 pessoas e o menu é feito completamente na cabeça do chef, não se repete nunca. O nome do “restaurante é Wolves Den e Craig Thornton é o lobo, o Wolf.
Há até um site reservado para esses acontecimentos – fora do circuito normal-para ajudar os chefs a fazer propaganda dos seus convites.(Gusta.com). Começa sempre assim, um menino inteligente mas confuso, que faz estágio em alguns bons restaurantes e Craig fez seu estágio no Per Se e agora que treinar sozinho, criar de sua própria cabeça.
Não é fácil, pois geralmente são muito exigentes e bem malucos e muitas vezes o Craig é visto na chuva, quase na hora do jantar colhendo mini folhas de alface na horta afastada de um amigo, coisa que não se pode fazer num restaurante, entendem?
No outro dia a policia deu em cima de dois coreanos, marido e mulher que haviam perdido o emprego e estavam fazendo uma comida fusion em casa. Tacos com recheio coreano. Foram obrigados a fechar, o que veio para o bem, pois, legalizados estão fazendo o maior dos sucessos.(Starry Kitchen)
Bem, voltando ao Craig Thornton é um artigo enorme, eu, para falar a verdade não fiquei com vontade de comer nada do que ele prepara, mas como o sucesso é grande com certeza é tudo muito novo e interessante.
No começo de Setembro Thornton achou um lugar no qual poderia recriar a Wolversmouth, que é como chama sua experiência. Cozinha aberta, mesa comunitária para 24. Planeja uma refeição noturna, de oito a dez pratos, por 110 dólares, mais ou menos. Pretende abrir em janeiro.
Outro artigo que é um presente para nós leitores é do muito engraçado Calvin Trillin, que há quase meio século escreve sobre comida num estilo jocoso e interessante. Sua companheira nas expedições culinárias era a mulher Alice, que morreu. Hoje ele fala das filhas e do genro e visita a comida mexicana, terra dos sete moles, como diz ele.
Coisa que eu não sabia era que o padeiro Poilâne morrera em 2002 de um acidente de helicóptero. (Com certeza esqueci) A história, escrita por Lauren Collins é sobre a filha dele Appolonia Poilâne que tomou as rédeas do negócio. Muito bem escrito e interessante. Muito.
Mas, a reportagem de peso é sobre um restaurante inglês do qual gosto muito. Aliás, não conheço, gosto das receitas e da filosofia. É um perfil – O chef filósofo
As idéias de Yotam Ottolenghi mudam o jeito de Londres se alimentar, por Jane Kramer.
Começa assim. Em 1997, em Amsterdam, Yotan Otolenghi acabou de escrever o último capítulo de seu mestrado sobre o status ontológico da imagem fotográfica na filosofia analítica e estética. Mandou uma cópia para o pai, em Israel, e literalmente escondido dentro dos papéis um bilhete com o seguinte recado: “Aqui está minha tese. Resolvi dar um tempo na faculdade e fazer um curso de chef de culinária.” Alguns meses depois ele estava em Londres fazendo massa folhada no Cordon Bleu.
Hoje ele tem a cara feliz de quem deixou para trás a fenomenologia da mente, trocada por berinjelas assadas com tomilho, zatar, sementes de romã e coalhada. No processo tornou-se o rosto público de quatro amigos, que juntos estão mudando o modo pelo qual os ingleses compram comida e comem. Tem alguns restaurantes, (Otolenghi), 3 delis, um buffet.Otolenghi ainda escreve para o Guardian, e escreveu o livro Plenty e agora O Jerusalém, que mistura as raízes árabes e judaicas.
Gostei demais desse livro Plenty, mas, realmente as coisas dele dependem totalmente dos ingredientes, como quase toda a comida boa. Faço uma receita de abóbora ao forno que só fica boa se a abóbora estiver deliciosa. E como vou saber? Mordendo a abóbora crua. Um dia chego lá.
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