Saia justa 2 e Sanduíche
03/12/12 20:04Gosto de escrever no impulso do momento, com o coração pulando. Depois, devagarzinho vou corrigindo. Escrevi sobre o programa Saia Justa, sem corrigir e ao reler, falo tanto que gostava de ouvir as bobagens que as meninas falavam que dava até a impressão que só falavam bobagens. Longe disso, cada dia da semana uma novidade boa, e as bobagens bem poucas. É claro que sofriam também da nossa insensatez de leitores, que só achamos que as coisas estão certas quando pensamos do mesmo jeito.
Bicicletas da Mônica… Oi, patrulhazinha tonta, vejam o que ela disse, uma coisa sensata, não estava contra bicicleta nenhuma, tudo bem, quem quiser ir trabalhar na chuva e na ladeira de bicicleta, vai, para que tanto barulho?
Sinto que as pessoas públicas precisam se patrulhar por causa das outras. Percebi uma vez que contra todas as expectativas da própria Mônica ela entrou numa tourada e sentiu uma certa beleza e dignidade naquilo. Eu também fui a uma tourada em Madrid, taratata…., de mau humor e chegando lá coisas aconteceram que não vou nem comentar aqui para não receber hatemail. Mas, entendi a Mônica e vou mandar para ela um livro de tauromaquia que explica muita coisa. Não mandei antes com medo de que ela começasse a defender a briga de touros e aí sim, estava roubada.
Sabem que não achei que os homens estragaram o programa? Nem um pouco. As meninas têm mais charme, são mais bonitas, mas eles eram umas boa contribuição, também, introduzindo a voz masculina que é sempre boa de se ouvir.
Ainda estou com aquele plano de jogar pedras, diferente de outras telespectadoras que nunca mais vão ligar a GNT. Também não vou, mas… e as pedras?
Fico tão intrigada com esse conflito do Oriente Médio, parece briga de bairro, quando os meninos de uma rua jogam pedras um no outro. Sei que as pedras são bíblicas, quem pode atirar a primeira pedra? O lugar é pedregoso, mas que mina de pedras! Como não acabam nunca? Ou são as mesmas pedras desde sempre, jogadas de cá para lá?
Bom, mas vamos falar de comida. Ando arrumando uma prateleira de livros brasileiros e de vez em quando passo os olhos por uma receita. Receita é coisa boa para se pensar a história. Acho que o livro é de 1936.
Sanduíches Chanteclair
Tome duas fatias de 2 pães de forma de 1 cm de espessura e passe por cima uma camada fina de molho de maionese, ligado com 3 gemas cozidas e peneiradas. Com o cortador próprio de 6 cm, recorte galinhos e aplique como crista 1 pedacinho de tomate; como cauda 1 galhinho chato de couve-flor em conserva, e nos pés, como base, ½ camarão cozido. Arrume numa bandeja forrada com alface fininha, imitando relva. São interessantes e decorativos. Se não encontrar o cortador, mande fazer dando um molde de papel.
Dá quase uma tese de mestrado. Pode-se falar em estética, nos empregados domésticos no Brasil, no rococó no mundo, no ócio nem tão criativo, na decadência da fundição de moldes, no serviço personalizado, na palavra “relva” que remete aos comportados campos ingleses, nos moldes de papel das freiras dos conventos com suas mini tesourinhas afiadíssimas servindo ao Senhor….A alegria do Senhor com tanto recorte bonito. A influência francesa, quando os galos se chamavam Chantecler ou Chanteclair, como diz o livro? Não entendi essa parte de uma fatia de um pão e outra fatia de outro. Por onde andava a sustentabilidade? A economia?
Se por acaso não quiser ilustrar esse sanduíche para que todos entendam melhor, pode fazer um sanduíche de peito de frango com maionese e até com um pepino em picles ao lado. Nada mau..
Nina, vc é ótima ! Continue escrevendo aos borbotões ! Quer coisa melhor do que isso? Palavras frescais, novatas, combinadas naquele instante, ora, brotaram da alma! Vc sempre diz que utiliza vocábulos do fundo do baú… E isso é lindo! Sempre haverá quem discorde , mas aí temos historia para contar. Sem incomodações ou patrulhas de plantão nao tem graça ! Bj
Katia
Nina, lendo esta receita me lembrei das comidas da minha infancia e adolescencia, quando sai de casa, aos 17 anos, não sabia ainda o que era comer a comida de restaurante, apenas as da minha mãe, avó, e tias…Outro dia eu e uma prima ficamos lembrando das comidas deste tempo e ficamos com vontade de reproduzi-las, e ficamos sonhando com a torta de frango da Tia Alice, do arroz de forno da minha mãe, do pão de sardinha e tomate, do frango com catupiry da Tia Nega, e do frango assado e do bombocado da dona da padaria da cidade, enfim um mundo vasto de delícias que com certeza se perdeu,elas quase não fazem mais estas comidinhas. Me lembro quando pela primeira vez comemos Strogonoff, fiquei louca, com as batatinhas fritas, claro…beijos querida Nina, te adoro!