BUFFETS E CASAMENTO
21/07/12 21:02Bem voltamos às conversas de bufê. Peguei a tal da gripe matadeira e valha-me Deus, quase empacotei. O pior é o “depois” da gripe, moleza geral e desânimo total.
Bom, relembrando os leitores, o assunto maior do blog são os livros estrangeiros com poucas chances de serem traduzidos aqui. É bom saber o que foi lançado pelo mundo afora. Se quiserem comprar, muito bem, se não quiserem já têm uma idéia do que não estão comprando.
E acho que há um nicho para se conversar sobre buffets. Não é nada necessário que o leitor seja um bufeteiro ou queira se tornar um. Nada disso. Festas de buffet, são simplesmente festas maiores, o que faz a comida ser diferente por vários motivos. Vou contando das festas, das soluções, a única pena são as fotos, sou péssima no quesito fotografia e pior ainda se precisar passá-las para o blog. Por ora resolvi que não vou colocar foto nenhuma, sei que é mais interessante, mais bonito… mas demoro demais e não dá para escrever o texto, certo.
Então vou contar do casamento de 550 pessoas que fizemos na época de São Pedro. Fazer o menu não foi nem um pouco fácil, nem sei se consigo transmitir para vocês. Acontece que em festas grandes assim, temos a noiva, a decoradora, a florista, a mãe e todos os parentes, e nós, as que fazem a comida. A comida, a decoração e as flores precisam ter o mesmo espírito. Explico melhor, com um exemplo. Na primeira festa que o buffet Ginger fez, nos encomendaram um buffet italiano rústico. Ao chegar lá as flores eram ikebanas perfeitos e a banda havaiana. Aprendemos , assim, à força. No primeiro dia, a questão de concordância.
Esse casamento vem sendo pensado há um ano, mais ou menos. Numa fazenda antiga, que aproveitaria todo o maravilhoso entorno de árvores centenárias para se colocar o toldo. E qual o tema? Festa junina na chegada, com barraquinhas e comilanças da época. O coquetel faria uma pequena vênia para o lado de nossas comidas caipiras, sem caricaturas. A noiva se casaria sob uma árvore de grande copa com lugares para os convidados se sentarem, lá longe uma enorme fogueira e depois da cerimônia fogos de artifício. Passaria depois pelo caminho das barraquinhas em patchwork. Ali seria o coquetel. Aos poucos os convidados passariam para o salão onde tudo era branco, com alguns golpes de cor bem exagerados.
Esse precisa de fotos, vou procurar e entram no próximo post.
Horário 16 horas.
Coquetel
Barraca 1 – águas de frutas. Club soda com sucos de frutas.
Suco de limão com erva cidreira
Barraca 2 – Cones pequenos com amendoim torrado, alecrim e sal.
Quentão
Barraca 3 – Sopa de abóbora e castanha portuguesa
Panelinha individual de creme de galinha com palmito e massa crumble.
Caldinho de feijão
Pipoca
Barraca 2
Dadinhos de tapioca, receita do Mocotó.
Broinhas de fubá com creme de palmito e pimenta biquinho
Biju de tapioca com parmesão
Panelinha de pudim branco de arroz e leite de coco, molho baiano e camarão grande em crosta de coco.
Cumbuca mínima com paçoca de carne com banana-ouro:
Bom, esse era o coquetel. Daí, saiam os convidados para a outra parte chic do casamento, onde a comida seria brasileira, também, sem exageros, com concessões!.
Jantar
Mesas de 3 m X 6 m
Salada de mini verdes com tomatinho cereja e croûtons e flores do campo.
Salada Waldorf desconstruída, tudo cortado em palitos. Salsão, maçã verde e vermelha, nozes, maionese caseira.
Tacho de arroz com pinhões e alhos negros com casca cortados ao meio.
Pernil de porco assado e remontado com seu próprio molho e acompanhamentos
Molho ferrugem com blueberries
3 farofas simples
Chutney de tomate
Couve crocante
Purê de banana da terra.
Bacalhau a Brás.
Sobremesa:
Sorvete de nata com calda de goiabada quente.
Sorvete de paçoca com calda de chocolate.
Uma mesa redonda especial, por conta do buffet com
Lindas compoteiras rasas com papo de anjo
Arroz doce com canela
Cocada branca mole
Toucinho do céu
Bolo de milho
Muitas cerejas.
Doces de casamento
Grande mesa de docinhos de casamento.
Na saída, as barracas da entrada se haviam convertido em saideiras, junto da pista de dança, com violeiro e quadrilha. Café em uma coleção antiga de coadores de arame
Biscoitinhos
Pé de moleque
Doce de leite
Bolo alto de paçoquinhas de amendoim
Querida! Amei a festa caipira/junina! A sintonia dos elementos dá a harmonização da festa, tudo conversa com tudo! Estive em umas Bodas de Prata recentemente, em uma fazenda maravilhosa, generosa em arvores e aromas.
O Toninho fez o Buffet e cumpriu com garbo a difícil tarefa de dar de comer a 800 boquinhas famintas e sedentas!
Tudo maravilhoso e consoante. Penso que o mais importante é ser autentico, fazer festa com elementos que remetam à cultura dos donos da festa. Bjs
Katia